"A minha história pode ser um pouco estranha, mas mesmo assim é horripilante e engraçada (ao mesmo tempo). Há quatro anos uma amiga me convidou para sair justamente na noite de Halloween. Eu fiquei meio apreensiva, posso dizer que sou um pouco supersticiosa, então é claro que fiquei com o pé atrás. Mas, para variar, ela me convenceu. Para começar: achei estranho o horário da festa, sete da noite. Ninguém em sã consciência sai esse horário para arrumar uns gatinhos ou beber, mas enfim, fui mesmo assim.
Quando chegamos lá (devo descrever uma casa com um ar sombrio, iluminada com abóboras e velas) só tinha crianças!! Lógico, eu deveria saber. A hora da festa era o grande segredo. Para o meu azar – sim, eu tive uma semana do cão naquele outubro – a casa não tinha bebida alcoólica. Para me certificar, abri geladeiras, procurei em lugares que tecnicamente crianças não alcançariam... E nada!
A essas alturas eu já não sabia por onde andava minha “amigona”. De longe, a avistei conversando com três ou quatro crianças vestidas de vampiros e bruxas. Decidi ir ao banheiro, quem sabe os convidados não estavam falando comigo porque eu realmente estava parecendo uma bruxa. Quando voltei, não achei minha amiga em lugar algum. Procurei por todos os cantos da casa, até em armários. Não teve jeito, sentei em um sofá e decidi esperar ela aparecer.
Mais ou menos duas horas depois, a guria reaparece de um canto escuro da casa (mas beeeem escuro). Só um detalhe: ela estava muito bêbada (você também não está conseguindo pensar como ela fez isso se só tinha suco na casa, né?). O mistério é que do mesmo lado que ela saiu, surgiram os três ou quatro vampiros e bruxas que ela conversava antes de eu ir ao banheiro. Para o meu susto, eles já eram adultos. Não me pergunte se estou ficando louca ou não, mas realmente me senti em uma história de terror em pleno Dia das Bruxas".
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